O presidente Michel Temer (PMDB) admitiu nesta segunda-feira, 17, a possibilidade de as mulheres se aposentarem com tempo mínimo de contribuição menor do que o dos homens com as mudanças na reforma da Previdência negociadas pelo Executivo com o Congresso.
“Não é improvável”, disse Temer em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, do jornal SBT Brasil, quando questionado se as mulheres poderão se aposentar com menos anos de contribuição.
Durante a entrevista, o peemedebista disse que as mudanças na reforma da Previdência vão reduzir de R$ 800 bilhões para R$ 600 bilhões a economia prevista pelo governo em dez anos. O presidente defendeu, porém, as alterações na proposta para garantir sua viabilidade no Congresso. “É melhor reduzir em R$ 600 bilhões ou não fazer nada? É claro que é melhor reduzir o déficit em R$ 600 bilhões”, comentou.
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Militares. O projeto de lei com mudanças nas regras das aposentadorias de militares, não incluídos na reforma da Previdência, será encaminhado até maio ao Congresso, afirmou o presidente. Temer afirmou que a matéria segue em elaboração pelo Executivo.
O presidente disse estar confiante de que a reforma da Previdência será aprovada pelos parlamentares após as mudanças feitas na proposta. Entre elas, destacou que o prazo de contribuição que permitirá acesso ao valor integral do benefício foi reduzido dos polêmicos 49 anos para 40 anos. “Acabou a história de ter que trabalhar 49 anos para poder se aposentar”, afirmou o presidente.
Ele comentou que o relator da reforma percorreu todas as bancadas da Câmara para discutir o texto e trouxe “observações pertinentes”. O presidente destacou, porém, que a “espinha dorsal” da reforma é a fixação dos 65 anos de idade mínima para que se tenha direito à aposentadoria. A ideia é que esse piso seja alcançado após um período de transição de 20 anos.
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