Condenado por torturar integrantes do MST é morto a tiros na BR-364, entre Jaru e Ariquemes
Um homem de 31 anos, que estava foragido da Justiça, foi assassinado a tiros nesta quinta-feira (8) enquanto trafegava em uma motocicleta na BR-364, entre o municipio de Jaru e Ariquemes (RO), De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), após ser atingido pelos disparos, o piloto perdeu o controle da direção do veículo e caiu em um matagal às margens da rodovia.
Conforme a polícia, a vítima do homicídio foi condenada em setembro de 2016 por torturar e ameaçar integrantes do Movimento Sem Terra (MST), no acampamento Hugo Chaves, no Km 4, da RO-140, em Cacaulândia (RO).
Conforme a PRF, uma guarnição recebeu a informação de que teria acontecido um acidente de trânsito no determinado trecho da rodovia, mas ao chegar na localidade, os agentes rodoviários constataram que o homem estava em óbito e a motocicleta estava caída próximo ao corpo.
A perícia técnica foi solicitada e ao realizar os trabalhos investigativos constatou que a vítima apresentava 11 perfurações pelo corpo. Ainda foram encontrados no local uma munição deflagrada de calibre 9 e três de calibre 380. A vítima não estava com nenhum documento pessoa, mas foi identificada momentos depois por familiares.
O corpo da vítima foi encaminhado até o Instituto Médico Legal de Ariquemes (RO). O crime foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Ariquemes, onde o homicídio está sendo investigado.
Histórico judicial da vítima
Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), a vítima estava foragido do regime semiaberto, na Casa do Albergado de Ariquemes, desde o dia 26 de Janeiro de 2017. Ele foi condenado no dia 20 de setembro de 2016, a cumprir a pena de sete anos e sete meses de reclusão pelos crimes de formação de quadrilha, disparos de arma de fogo, tortura e ameaça ocorridos no acampamento Hugo Chaves.
Conforme a sentença, a vítima em companhia de outros dois comparsas efetuaram entre os dias 2 e 4 de abril de 2016, disparos de armas de fogo e torturam mediante socos, chutes, coronhadas e graves ameaças causando sofrimento físico e psicológico três integrantes do MST com o fim de obter informações sobre a identificação dos líderes do acampamento sem terra.
Nos autos da condenação, consta que no dia 3 de abril de 2016, o grupo criminoso ameaçou os sem terras caso eles não abandonassem o local. “Vocês querem guerra, vão ter guerra, mas não vai ser hoje e temos bastante bala para gastar em vocês” descreve o processo. Após serem ameaçados, cerca de 300 pessoas se alojaram no Ginásio de Esportes Alberi Ferraço, em Ariquemes, no dia 5 de abril de 2016.
No mesmo dia, um grupo de pessoas não identificadas ateou fogo nos alojamentos do acampamento sem terra. Na época, o coordenador do acampamento, Claudio Pereira, relatou que os moradores souberam do incêndio por meio de fotos e vídeos nas redes sociais.
Através de: Anoticiagora
Fonte: G1 RO
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